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domingo, 18 de dezembro de 2016

República Velha

   O primeiro período republicana brasileiro, conhecido como República Velha, foi marcado pelas características sociais e politicas construídas desde a independência, quando se consolidaram elites provinciais rurais acostumadas a desconsiderar qualquer autoridade constituída e a fazer valer a própria vontade em sua área de influencia.
   Entre as abordagens clássicas sobre o coronelismo, destaca-se o estudo de Victor Nunes Leal, Coronelismo, enxada e voto (1949). Para o autor, o coronelismo é um fenômeno caracterizado a partir do momento da história brasileira em que o poder publico fortalecido opta pela manutenção dos antigos chefes locais (poder privado). O município seria a esfera pública predominante do continuísmo e, de certa maneira, do predomínio da esfera privada sobre a esfera pública. As bases politicas desse sistema eram garantidas pelas relações estabelecidas entre os chefes locais (os coronéis), os antigos presidentes das províncias (que passaram, com a República, a ser designados como estados da federação) e os representantes do poder central.
   As relações entre o coronel e o eleitorado rural baseavam-se "no voto de cabresto", tendo em vista a manutenção da politica vigente. O autor afirma que a população se via submetida aos mandos e desmandos do potentado rural. O homem do campo vivia em estado de pobreza e ignorância, sem possibilidades de alfabetização e acesso à informação. A dependência e as relações de favor colocavam o roceiro em estado de subserviência.
   Qualquer tipo de manifestação contrária era fortemente reprimida pela figura do jagunço ou da própria polícia, sempre a mando do coronel. O processo eleitoral era viciado pelas fraudes em larga escala, entre outros motivos pela inexistência do voto secreto, e o resultado das eleições era sempre previsível. Mas do que expressar as preferências dos eleitores, as eleições serviam para legitimar o controle do governo pelas elites politicas e estaduais. Quando a república foi instituída, aboliu-se a exigência de renda para ser eleitor ou candidato. As mulheres e os analfabetos (estes representavam 50% da população) não tinham direito ao voto.

Origens do povo hebreu

   Segundo a tradição, o povo hebreu tem sua origem no clã do patriarca Abraão, que nasceu em Ur, sul da Mesopotâmia, por volta do século XX a.C. A principal atividade econômica desse povo era a criação de gado.
   Abraão migrou para Canaã, a noroeste da Mesopotâmia, e seus descendentes ali viveram até a terceira geração.
   Uma grande seca gerou escassez de alimentos, então Israel (neto de Abraão) e seus descendentes partiram rumo ao Egito, onde permaneceram por aproximadamente 400 anos. Em grande parte desse período, estiveram sob o domínio dos faraós. No século XIII a.C., conduzidos por Moisés, os hebreus saíram do Egito de volta a Canaã (posteriormente chamada Palestina).
   Esse episódio ficou conhecido como Êxodo. De acordo com a tradição religiosa hebraica, na travessia do deserto do Sinai, Moisés recebeu de Deus (Iavé) as tábuas dos Dez Mandamentos, firmando-se assim uma "aliança" entre o Deus Único e Supremo e os hebreus. Essa crença religiosa serviu para unificar ainda mais o povo hebreu.
   Os Dez Mandamentos dos hebreus foram, posteriormente, adotados pelos cristãos e constituem uma das principais matrizes do sistema de valores éticos das sociedades ocidentais.


OS DEZ MANDAMENTOS

  1. Não terás outros deuses diante de mim.
  2. Não pronunciarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão.
  3. Lembra do dia de sábado para santificá-lo.
  4. Honra teu pai e tua mãe.
  5. Não matarás.
  6. Não cometerás adultério.
  7. Não roubarás.
  8. Não apresentarás um falso testemunho contra o teu próximo.
  9. Não cobiçarás a mulher de teu próximo.
  10. Não cobiçarás (...) nada do que pertença a teu próximo.

As concepções éticas medievais

   Após a queda do Império Romano do Ocidente (séc V) esfacelado em inúmeros reinos bárbaros, a Igreja Católica surgiu como um elemento agregador das diferenças, ao difundir a mesma fé cristã nos diversos países que surgiam. As teorias estoicas foram bem-aceitas pelo cristianismo ainda na época do Império Romano e fecundaram as ideias ascéticas do período medieval
   Como guardião da cultura greco-romana, o clero adaptou a tradição aos ideias religiosos, dando primazia ao sobrenatural. Como única detentora da educação, a Igreja Católica influenciou fortemente a concepção ética, orientando toda a ação humana para a contemplação de Deus e a conquista da vida eterna.
   A visão teocêntrica do mundo fez com que os valores religiosos e a noção de pecado sustentassem os critérios de avaliação do bem e do mal, vinculando-os à fé e à esperança de vida após a morte.
   De acordo com essa perspectiva, os valores são considerados transcendentes porque resultam de doação divina, o que identifica o sujeito moral ao crente, ao ser temente a Deus.
   Agostinho de Hipona debruçou-se longamente sobre a origem do mal, afim de conciliar a infinita bondade divina com os mares do mundo e a possibilidade humana do pecado. Introduziu o conceito de livre-arbítrio e o de "homem interior", concepções que servem de base para sua teoria ética. Esse novo ser que vive os conflitos das paixões humanas é aquele que deve exercer sua vontade para decidir e escolher o bem. Para os cristãos, o controle das paixões tem em vista a vida futura, única ocasião em que os seres humanos poderiam ser realmente ser felizes.